segunda-feira, 4 de julho de 2016

Instituto de Pesca conduz estudos sobre a reprodução do mero (Epinephelus itajara) em cativeiro

O Instituto de Pesca de São Paulo (IP) está conduzindo uma pesquisa sobre a reprodução do mero (Epinephelus itajara) em cativeiro.
 O mero é um peixe marinho da família dos serranídeos e encontra-se na lista vermelha das espécies ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza. A sua captura está proibida desde 2002 no Brasil.
O pesquisador Eduardo Sanches coordenada o estudo que tem o objetivo de desenvolver um banco de sêmen da espécie, avaliar a variabilidade genética e obter os primeiros exemplares  produzidos em cativeiro.

Desde pesquisas anteriores, realizadas com garoupas-verdadeiras, o Instituto de Pesca se tornou a única instituição a manter um banco de sêmen de serranídeos ameaçados de extinção e a criar protocolos para reprodução em cativeiro dessa família de peixes no Brasil. Os avanços conquistados nessa área despertaram o interesse de pesquisadores do projeto Meros do Brasil, que buscaram a parceria da equipe do IP para desenvolver as pesquisas sobre reprodução do mero e, com isso, obter os primeiros exemplares dessa espécie produzidos em cativeiro. Durante os primeiros 12 meses de manutenção dos peixes em Ubatuba, ainda em 2014, os pesquisadores já haviam  realizado a inversão sexual e a produção de sêmen.

Até o momento, a equipe do IP já realizou com sucesso o congelamento do sêmen e criou o primeiro banco de esperma da espécie. Agora, os pesquisadores se debruçam sobre a etapa de ovulação e produção de larvas para, enfim, obter os primeiros meros nascidos no laboratório do IP em Ubatuba.

Foto: merosdobrasil


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